A primeira alternativa para vice de Eduardo Paes é Pedro Paulo, assim como a segunda e a terceira. Não há possibilidade de se imaginar que Paes seria candidato a governador sem colocar alguém de sua mais inteira confiança.
O debate sobre a possibilidade de André Ceciliano, ou outro nome do PT, ser vice é um desses debates inúteis que só servem para gastar tinta de papel ou bytes do HD. Quem pensa que há a mínima chance de que Eduardo renunciaria e deixaria uma máquina azeitada como a Prefeitura do Rio para alguém fora de seu grupo está enganado, especialmente para uma eleição incerta como governador.
Os problemas de Pedro Paulo na eleição de 2016 já foram esquecidos; a violência doméstica será trazida de volta, claro. Mas, como já disse anteriormente, sua esposa atual, Tati Enfante, com sua simpatia, apaga esses pecados.
Claro, Paes teria outros nomes que poderiam substituir Pedro Paulo, como Daniel Soranz, Eduardo Cavaliere e Guilherme Schleder. Todos têm a confiança do prefeito, com Schleder caminhando junto há décadas, mas nenhum tem a mesma vontade de Pedro Paulo para ser prefeito do Rio.
E, se em um caso quase impossível o vice fosse outro, aconteceria com esse nome o que houve com Otávio Leite com Cesar Maia. Na eleição de 2004, Maia queria uma chapa puro-sangue, mas o PSDB insistiu em indicar um nome para retirar a candidatura de Denise Frossard. O que houve? Leite virou vice-prefeito, esperando que Maia fosse candidato a governador em 2006. Maia continuou prefeito, Otávio ficou encostado, sem poder, e veio candidato a deputado federal em 2006.
Afinal, vice não é nem nome de rua.