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A Geração Z, nascida entre 1997 e 2010, tem viralizado desserviços, digo, vídeos que pregam os supostos “benefícios” de se bronzear sem protetor solar, um movimento que soma mais de 18 milhões de visualizações com as hashtags #AntiSunscreen e #NoSunscreen. A ideia, apoiada por influenciadores que dizem ser “mais naturais”, ganhou força após a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos pedir novos estudos sobre alguns componentes químicos dos filtros, em 2019. O que era um debate científico virou desinformação nas redes, e agora muitos jovens acreditam que a pele “cria resistência” ao sol.

Mas os dados mostram o contrário: o sol sem filtro é um dos maiores inimigos da pele. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a exposição solar desprotegida aumenta o risco de câncer de pele, responsável por 33% de todos os diagnósticos de câncer no país. Além disso, acelera o envelhecimento precoce, causa manchas, rugas e flacidez. E não há óleo vegetal, manteiga ou receita “natural” (que juro, eles estão sugerindo usar) capaz de substituir um filtro solar testado e regulamentado.

Apesar disso, há quem associe o sol à melhora da imunidade por causa da vitamina D. Essa crença é superestimada? É crença mesmo? Eu já ouvi de clínico geral que todos os dias deveria ficar ao menos 20 minutos exposta ao sol da manhã para melhorar a minha carga de Vitamina D. O protetor solar impede a absorção? A gente sabe que o excesso de radiação pode provocar o efeito oposto, favorecendo lesões cancerígenas. Para além dessa consequência, quais as outras da falta de uso do protetor solar?



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