Hoje vamos falar sobre a mudança de escala da Guarda Municipal do Rio de Janeiro e como isso impactou a cidade.
Há quase um ano, no dia 6 de junho de 2023, a Câmara de Vereadores aprovou uma proposta que alterou a escala da Guarda Municipal de 12×60 (praticamente 5 dias descansando para cada dia trabalhado), uma lei implementada por Marcelo Crivella, para a escala anterior de 12×36 (doze horas de trabalho para 36 de descanso). A proposta passou com 34 votos favoráveis e 13 contrários.
Apesar dessa mudança, os problemas persistem. A Secretaria de Ordem Pública, que deveria zelar pela organização da cidade, parece mais uma Secretaria de Desordem Urbana. As ruas continuam lotadas de camelôs, dificultando a circulação dos pedestres. Na Freguesia, por exemplo, é quase impossível caminhar sem desviar dos vendedores ambulantes.
O prefeito Eduardo Paes tomou algumas medidas, como a ação na Feira do Acari, um marco na história do funk nos anos 90, e a tentativa de desmantelar o Mercado Andino na Rua Uruguaiana. Embora ainda haja camelôs na rua, agora pelo menos estão legalizados.
A Guarda Municipal, que deveria ser uma presença constante nas ruas, continua sendo uma raridade. Encontrar um guarda é mais difícil do que ver alguém esquiando no Corcovado! A promessa de triplicar o efetivo da GMRJ não foi cumprida. E, ao invés de discutir o armamento da Guarda, o debate deveria focar em reduzir os cargos com funções desnecessárias.
Uma boa proposta para a campanha eleitoral seria a abertura de um novo concurso para a Guarda Municipal. Eduardo Paes prometeu aumentar o efetivo em 10 mil homens na eleição de 2020, mas o último concurso foi em 2012, e apenas 500 dos 2000 aprovados foram chamados.
A Segurança Pública é um tema crucial para os cariocas nesta eleição. A Prefeitura também tem sua parcela de responsabilidade. Em muitas áreas, o problema não é o roubo à mão armada, mas sim os pequenos furtos, como os que ocorrem na Presidente Vargas, em frente à Rodoviária. A presença de apenas dois guardas já ajudaria a aumentar a sensação de segurança na região, assim como em muitas outras ruas do Rio.
Mais Guardas Municipais não só melhorariam a segurança, mas também a imagem da cidade para o turismo, muito mais do que projetos caros como as ilhas flutuantes no Porto. E, quem sabe, até sairiam mais barato.