A representatividade feminina em cargos de liderança tem evoluído lentamente no Brasil. Embora as mulheres constituam mais da metade da população e possuam, em média, um nível de educação superior ao dos homens, elas ocupam apenas 39,1% das posições de comando, de acordo com um levantamento recente da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Um marco histórico na Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais reflete uma importante mudança nesse cenário. Pela primeira vez em 70 anos, uma mulher assumiu a diretoria-geral da instituição. A médica ginecologista e professora Cláudia Laranjeira, que anteriormente atuava como Diretora de Graduação e 1ª Vice-diretora, foi nomeada para o cargo mais alto da prestigiada faculdade de medicina.
O destaque de sua nomeação não se limita apenas à conquista pessoal, mas também simboliza a crescente ocupação de cargos de liderança por mulheres no setor da educação e na área médica, tradicionalmente dominada por homens. Sua trajetória inspira o debate sobre a presença feminina em posições de destaque e a necessidade de ampliar esses espaços para mulheres no mercado de trabalho.
A doutora Cláudia é a convidada especial do programa Observatório Feminino desta semana, onde discute a importância de garantir mais espaço para mulheres em altos cargos e como o cenário vem mudando nos últimos anos.