Carioca Connection - Brazilian Portuguese Conversation

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In part two of a three-part series on Brazilian music, we cover a lot. We talk about instruments, genres, where to see music in Rio, bad jokes about Zika and much more. Most importantly, we talk about how samba never dies.

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Free worksheet - Brazilian Music with Pablo - Part 2

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What is Carioca Connection - Brazilian Portuguese Conversation?

Learn Brazilian Portuguese with real-life conversations you'll never find in textbooks or apps. Join Alexia (🇧🇷 native speaker) and Foster (🇺🇸 learning Portuguese) to have interesting, fun conversations that will improve your Brazilian Portuguese comprehension and communication.

Foster:

Vamos lá. É lugar super legal pra visitar hoje em dia né? É é gás súbitoístico. Sensacional mas tem samba quase toda noite né?

Pablo:

É é assim.

Foster:

É de graça.

Pablo:

De graça e e são são os caras que tocaram samba a vida inteira são verdadeiros músicos do Samba e a música é maravilhosa cara. É eu só fui uma vez mas eu gostei muito mesmo. Então. Bom, pode explicar pouquinho,

Foster:

o que é a samba tipo musicalmente, o que que tem de ritmo, de instrumentos, de coisa assim?

Pablo:

Bom, o em termos de instrumentos eu não sou eu não sou músico né então isso é pouco mais complicado pra pra eu falar.

Foster:

Mas geralmente tem vilão Tem. Tem, muita bateria, tem muito ritmo Tem muita discussão. Geralmente tem cavaquim também?

Pablo:

É, tem usa usase muito cavaquim também que é

Foster:

E Cuica. É né? Cuica. E a gente tem Cuica aqui em casa. É.

Pablo:

Que a gente Mano estava muito bem louco. É é uma micro Cuica né? Que eu comprei lá em Salvador. Essa Cuica é aquele experimento que parece quase macaco né? É ou burro

Foster:

Isso exatamente. E é é

Pablo:

som que se enquadra na música assim, é som que o 0 coiqueiro ele não fica tocando o tempo inteiro, ele de vez em quando ele tem uma intervenção no meio da música. Mas é super legal e acho que

Foster:

é uma coisa única da música brasileira né? Nunca ouvi na música americana e nem em britânica. É é verdade é é uma é instrumento bem peculiar do Samba.

Pablo:

Mas enfim o Samba. E a gente tem alguns, a gente está falando assim né do do do ritmo e a gente tem algumas figuras que pra mim representam muito, é o 0 samba genuíno e a relevância do samba como fator social e fator de de incorporação do desse malandro na sociedade. Por exemplo, Cartola né, o Cartola É é cara, é realmente É é sensacional porque, o que que ele fez né ele ele sem estudos, o cartola nem foi alfabetizado e não frequentou a escola

Foster:

Aí ele consegue dizer que a Dai não pode ler, escrever né?

Pablo:

É, ele aprendeu sozinho a ler e escrever, né, e ele consegue fazer utilizar as as compor as canções, com as letras mais lindas que tem no no na no samba, são são umas letras maravilhosas já. Então a Musirie é poeta É poeta, ele é poeta né que e que usa o a língua portuguesa como uma erudição que as pessoas que estudam a língua portuguesa ficam abismadas. Como que esse cara sem ter estudado consegue compor as letras mais lindas né, que que a gente já viu? É bonita, Se

Foster:

você tivesse que que escolher uma canção, uma música pro Catola, seria qual? Matou uma zica aí?

Pablo:

É? Está com música tá? É a eu acho que a vida é uma música que ele fez pra filha dele que se prostituía,

Foster:

né? É. Isso é aquela música que

Pablo:

Preste atenção, ainda é cedo amor, nós começastes a conhecer a vida É Silvestre a hora de partida

Foster:

É eu adoro é muito

Pablo:

e é uma música que me avó via sabe? É Cantola é atemporal. Ela morreu quando? Eu não sei, eu acho que foi na década de oitenta, mas ele ele é músico que só conseguiu chegar ao ao Estrelato no final da vida dele. É.

Pablo:

Ele sempre, não sei se você já viu o filme do Cartola. Não tem filme? Tem filme também. Ah inclusive o Tim Maia está está É. Eu ia falar sobre isso.

Foster:

Mas eu acho que a maioria dos gringos conhecem o Catula, atrás do do filme em cidade de

Pablo:

Ah, a cidade né? Que é a partilha sonora né? É. É.

Foster:

Mas cartola é sensacional vamos sério. É. É o top.

Pablo:

Tem tem muitos né? Se a gente for pensar num branco Noel Rosa, que é Noé Rosa. O Noel Rosa ele era ele era filho de médico até era da elite brasileira. E ele, se se transformou num malandro do samba, né ele largou a faculdade de medicina pra pra ficar nas rodas de samba pelas favelas né? Então ele foi dos embaixadores da da Vila Isabel, né o poeta, ele ele é ele é reconhecido como o poeta da vila.

Pablo:

É. Né e as músicas dele são sensacionais, são músicas pouco mais, como é que eu posso dizer são, É mais engraçado sabe ele por ele cria uma narrativa de de de comédia assim mesmo. Quase criticando a sociedade e coisas assim. Criticando também mas fazendo muita graça e as músicas são muito engraçadas, assim como o Androníriam Barbosa né que que brinca com os erros da língua portuguesa. É.

Foster:

É isso é muito bom. E se pode explicar para a gente pouquinho. Quais são as escolas de samba e como como que funciona né?

Pablo:

É assim, o as as escolas de samba hoje se transformaram em em grandes empresas né?

Foster:

É Todo mundo sabe as escolas de samba no carnaval é a imagem do Brasil que o gringo tem.

Pablo:

Sim. EE0 interessante é pensar que isso começou de forma ilegal né? O as escolas de samba não tinha autorização porque eram as comunidades, eram as favelas. Aí o que é, na medida em que a música foi ganhando né, todo o Brasil, as pessoas começaram a desfilar, usar as fantasias, e as escolas foram crescendo absurdamente, e ocupando no carnaval as ruas do Rio de Janeiro. E hoje elas são as representantes legítimas das comunidades, você vê a Mangueira né, a Mangueira que foi campeã esse ano, a da escola de samba a Mangueira é você vai na lá no na, como é que isso não esqueci o nome, você vai na chapéu Mangueira?

Pablo:

Não, você vai na na comunidade Mangueira mas tem o, eu esqueci o nome daqui a pouco eu lembro.

Foster:

Tá está tudo bem mas perguntinha afinal, Você acha pejorativa hoje em dia falar favela na vez de comunidade? Não, não é pejorativa. É mas a maioria das pessoas aqui eu falo em

Pablo:

comunidade hoje em dia né? É, na verdade acho que Eu

Foster:

falo mesmo.

Pablo:

Você pode falar morro, favela, comunidade, é porque muitas vezes tem uma favela com várias comunidades. É. Né você vê o complexo do alemão né, complexo de favelas, são muitas favelas É enorme é é quase país né? Você, pô o a Rocinha, né quando você vê o tamanho da Rocinha são duzentos mil habitantes em em morro né em uma uma comunidade, aí tem 0AA, tem acadêmicos da Rocinha, que é a escola de samba da Rocinha, você tem a mangueira, aí tem a estação primeira de mangueira. É.

Pablo:

E o cartola é dos dos criadores da mangueira, né? Você vê que eu a você vê a história como é que o negócio chegou ficou grande. É. E, bom, vamos falar uns pouquinho mais sobre

Foster:

o samba mais mais recente. O samba hoje em dia, como você está indo? Ainda está vivo né?

Pablo:

Está, o samba não morre né, o samba padece mas não morre. Sempre é é sempre é utilizado assim.

Foster:

Você falou isso?

Pablo:

Isso foi você agora? Não, isso é uma é uma expressão utilizada pelos sambistas desde o início assim porque o samba sempre sofreu muita discriminação, sempre foi muito perseguido, e em alguns momentos como hoje, ou recentemente, ele ele passa, o samba é como o mar né ele tem as ondas, tem momentos em que o samba está super bem, tem momentos que ele fica por baixo mas sempre existe as os lugares em que o samba permanece o 0 principal instrumento de representação das pessoas, assim. É claro que a gente tem outras outros ritmos também como o funk, né, que está muito vinculado à favela, né, e que acabam também disputando esse espaço e e também agregando valor a isso. É. É.

Pablo:

Então, você acha

Foster:

que hoje em dia o Sandro está, com a Metafordomar, que ela está ganhando agora ela está

Pablo:

Acho que é uma onda crescente, eu acho

Foster:

que crescente.

Pablo:

É, eu acho que crescendo. É, porque estão, são ótimos sambistas que estão aparecendo recentemente né? Muitas Muitas mulheres né também a Tereza Cristina por exemplo

Foster:

É, ela é muito boa.

Pablo:

É muito boa e e são os os defensores do samba eles eles continuam carregando na cuica, violão e levando o ritmo lá pra frente. A gente vai pra vários lugares que o samba permanece sendo, existe muita, muitos grupos novos que estão produzindo ótimos sambas também. É. Mas não é uma música que que você escuta em todo lugar.

Foster:

É exatamente. Mas então você é otimista sobre o samba, sou o Arthur do samba, sou sou otimista. É uma coisa interessante né porque eu acho que o brasileiro hoje em dia está ficando mais mais pessimista sobre o futuro do país, mas com respeito à música, eu acho que o brasileiro simples está está fazendo isso né?

Pablo:

É eu acho que a gente pode pode ver a música como lugar de preservar né o 0 as boas vibração nos

Foster:

É com certeza está em brasileiros que já estão perdendo essa tradição, mas eu acho no geral a música vive né?

Pablo:

Vive vive, a música vai ser assim. Sempre forte né?

Foster:

Está ótimo, então a gente acabou falando do Samba e você quer tomar A pirão? Pode ser tranquilo.