Carioca Connection - Brazilian Portuguese Conversation

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In this episode of Carioca Connection, Alexia and Foster share the mishaps and unique cultural insights from Alexia's first experience in an American hospital. 

In their engaging and conversational style, Alexia and Foster explore the nuance of the American healthcare system through the eyes of a Brazilian. As always, this episode is full of real-life Brazilian Portuguese vocabulary, grammar, slang, and lots of laughs. Enjoy!

What You Will Learn:

- Medical vocabulary in English and Portuguese, presented naturally and in context
- Insights into American hospital culture compared to Brazil
- Valuable tips for navigating medical emergency situations in a foreign environment
- The importance of good humor and resilience when dealing with unexpected situations while traveling

Episode Highlights with Timestamps:

[00:00] Setting the context and the journey to the hospital
[03:20] The culture shock: differences between Brazilian and American hospitals
[06:15] Communication challenges and the pursuit of efficiency in care
[09:40] The arrival of the "super doctor" and relief after the procedure
[13:00] Final reflections on the importance of cultural adaptability

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What is Carioca Connection - Brazilian Portuguese Conversation?

Learn Brazilian Portuguese with real-life conversations you'll never find in textbooks or apps. Join Alexia (🇧🇷 native speaker) and Foster (🇺🇸 learning Portuguese) to have interesting, fun conversations that will improve your Brazilian Portuguese comprehension and communication.

Foster:

Olá pessoal bemvindos a mais episódio do Carioca Connection. O meu nome é, Foster e como sempre eu estou aqui com

Alexia:

Alexia. Oi pessoal, bemvindos mais episódio aqui do Carioca Connection. Rapidinho, se você não escutou o episódio anterior, dá uma paradinha agora, volta e escuta porque vai ser importante para o episódio de hoje.

Foster:

É, esse episódio é parte dois de uma série, de eventos que aconteceu, que não estou muito feliz com a situação.

Alexia:

Uma série de eventos que aconteceram?

Foster:

Ah sim eu estava pensando na série é singular, então, deixa eu tentar de novo. Esse episódio, a parte dois, já gravamos outro episódio, que é a parte então se você ainda não escutou esse episódio, provavelmente é uma boa ideia voltar e escutar o primeiro episódio. E, é basicamente isso.

Alexia:

Sim, então hoje é a parte dois, de como que o Foster, deslocou o ombro no fim do ano passado, no fim de dois mil e vinte e três.

Foster:

Ou, pode ser como Alexia teve a sua primeira experiência, no hospital, nos Estados Unidos.

Alexia:

Sim, sim. Não fiquei bem impressionada, pra ser sincera. Bom, o último episódio a gente parou no momento em que o seu pai estava ligando pro.

Foster:

É, no último episódio terminamos com eu fazendo xixi na cama.

Alexia:

Assim, e bom, seu pai ligou para o e eu admito que eu fiquei muito curiosa pra escutar a ligação porque eu queria ver como é que era. E eu descobri que foi a primeira vez que o seu pai ligou pro na vida.

Foster:

Não.

Alexia:

Ele disse que sim. Ele na na a menina atendeu e começou a fazer várias perguntas obviamente, né? Porque estava mandando a ambulância pra lá e aí ele falou, eu não sei, é a primeira vez que eu ligo? Ele falou isso.

Foster:

É, mas às vezes meu pai não é muito confiável nessas coisas.

Alexia:

Enfim, e é menina super simpática, segundo ele, mas todo mundo é super simpático para o seu pai também. E eu fiquei muito bem impressionada que realmente a ambulância chegou lá em dez minutos, foi incrível. Chegaram lá, dois homens

Foster:

Só uma coisa Alexs. A gente estava de férias, numa casa Afastada. Afastado, é. Fica ao lado de lago, mas não tem uma cidade grande, muito perto não.

Alexia:

Não, a cidade grande mais perto é a cidade onde você nasceu.

Foster:

É que é meia hora, mais ou menos.

Alexia:

Exato.

Foster:

Então eu estou pensando, nossa vai demorar pelo menos meia hora pro pra ambulância chegar?

Alexia:

Sim chegou em dez minutos. Mas aí também a gente Também, enfim.

Foster:

Eles chegaram, chegaram dois dois É.

Alexia:

Também, enfim. Eles chegaram, chegaram dois homens fortinhos, super simpáticos, perguntando o que que tinha acontecido.

Foster:

Ah, super simpáticos.

Alexia:

Então, super simpáticos pra gente, pra você obviamente que foi uma experiência completamente diferente, mas eu comecei a perceber a dificuldade deles de conseguirem te tirar da cama que pra mim é uma coisa que deveria ser básica pra eles. É,

Foster:

então nesses momentos eu não me importo muito com simpatia, eu quero qualidade, eu quero alguém que sabe como resolver essa situação. Então, eles chegaram no quarto com amigo na cama, com você, com meu pai. E elas também não sabiam o que fazer.

Alexia:

É eles estavam com dificuldades de conseguir te tirar da cama porque, assim da forma que eu e o seu pai estamos vendo, se alguém te tocasse você está morrendo de dor, então eles estavam com medo de piorar ainda mais a situação, o que é normal. Então eles amarraram o travesseiro no seu ombro né, no seu braço pra tentar evitar que saísse de lugar, só que aí como é sua dificuldade de conseguir te tirar, porque o quarto é pequeno entre aspas pro pra maca, pras coisas entrarem.

Foster:

Pra quê?

Alexia:

Pra maca.

Foster:

Maca é stratter.

Alexia:

Isso. Hã? Pra maca entrar.

Foster:

Que é muito maior do que eu estava imaginando.

Alexia:

Eu fiquei impressionada com aquela maca, muito bem impressionada por sinal.

Foster:

Maca, grande, enorme, é tipo uma cama de hospital portátil.

Alexia:

É, só que aí eu fiquei lembrando, dos meus episódios de de que assim, tem a maca normal que tem a caminha né, que é super confortável, super grande, mas tem aquela, tipo uma tábua amarela, né? Uma uma maca mais dura

Foster:

Uhum.

Alexia:

Que eles usam principalmente em salvamento de incêndio de etcetera que é menor. Aí eu fiquei pensando eles deveriam estar usando isso ao invés de estar usando uma coisa enorme sabe? Te passar pra aquilo e depois te colocar na maca da ambulância, mas enfim, eu não sou médica, eu não sou, paramédica, nem nada.

Foster:

Você está falando sobre a marca que é, mais ou menos uma porta.

Alexia:

É isso, é. É isso, enfim, eles ficaram meia hora quarenta minutos, pra conseguirem te tirar dali. Aí você foi pra ambulância, e aí começou, a discussão com seu pai do tipo leva pra tal hospital ou pro outro, aí seu pai escolheu o menor, porque eles tinham acabado de voltar de lá e disseram que estava vazio sem ninguém e realmente nesse sentido foi a melhor opção. Sim. E aí na ambulância tentaram te dar o, lahg shingess que é o gás lacrimogêneo.

Alexia:

Lacrimogêneo.

Foster:

Pode falar mais uma vez.

Alexia:

Gás lacrimogêneo.

Foster:

Lacrimogêneo. Lacrogenio. Tem outra situação que você usaria essa palavra? Eu nunca escutei essa

Alexia:

Talvez com, sabe com as bolas de aniversário que você tem que encher? Gás lacrimogêneo?

Foster:

Sim. Questão com Helio

Alexia:

É. É.

Foster:

É, o gás em gás, é como a gente se fala pelo menos nos Estados Unidos, não ajudou nada. Foi mais ou menos meia hora, pra chegar no hospital.

Alexia:

Eu e o seu pai chegamos antes de vocês.

Foster:

Sim, claro. Então eu estava sozinho, na maca, com cara que eu não conheci. Ele foi simpático, mas parecia que foi o primeiro dia que ele começou no trabalho. Tipo, o cara dirigindo sabia mais ou menos, o que fazer. O outro que estava comigo, foi tipo estagiário.

Alexia:

Sim. É, assim eu no carro com seu pai, a gente ficou conversando sobre hospital que a gente estava indo, etcetera e eu fazendo algumas perguntas bem básicas

Foster:

Você sabe que momento?

Alexia:

Na verdade eu estava mais ansiosa pra chegar lá, pra já começar o processo, do que medo em si.

Foster:

Sim, porque nesse momento também, eu pensei que eu desloquei o ombro, mas eu estava tão mal, tão mal, que a gente não sabia se eu quebrei o ombro ou alguma coisa aconteceu que

Alexia:

Eu só fiquei pensando assim, do do, já que aconteceu o que aconteceu, eu ficava assim por favor não tenha cirurgia, não tenha cirurgia, não tenha cirurgia. Era só isso que eu pensava assim. Não não vamos não vamos fazer pior coisa sabe? Vamos tentar botar boas energias pra não ter cirurgia, era a única coisa que eu fiquei imaginando. E gente, detalhe importante, dali a duas semanas, a gente estava estaria voltando pra Portugal.

Alexia:

Então na minha cabeça começou assim, meu Deus, se tiver cirurgia como é que vai ser? O Roger vai ficar preso de novo nos Estados Unidos, eu vou voltar pra Portugal. Eu já estava pensando na pior situação, então eu estava pedindo a todas as religiões, todos os deuses, tudo assim, por favor me dá a situação mais simples de ser resolvida diante do que aconteceu.

Foster:

Então você estava morrendo de ansiedade. Estava,

Alexia:

tá. Mas eu não, mas eu sou boa, esse tipo de ansiedade é tipo assim, vou resolver a crise, né? Uma ansiedade que me deixa paralisada.

Foster:

É, e foi muito bom ter você e meu pai comigo, porque nessas situações o meu pai é a pessoa mais calma, ele quer fazer piadas e você com sua ansiedade, mas também calma, é pão duplo se você vai cair

Alexia:

Uma boa dupla.

Foster:

É uma boa dupla. Se você vai cair da cama, te soca ombro, você quer uma dupla tipo você e meu pai.

Alexia:

É, eu resolvo as coisas, é tipo isso. E aí começou a toda a situação no hospital, que eu fiquei muito em hospital brasileiro, em hospital público, hospital federal e hospital particular. Então, eu realmente experimentei todos os tipos de hospitais no Rio de Janeiro.

Foster:

Também temos experiência com o sistema de saúde aqui em Portugal.

Alexia:

Sim, mas o hospital em si, nesse sentido

Foster:

Urgências.

Alexia:

Urgências. Eu só fui parar uma vez na urgência aqui com meu pai quando ele machucou quebrou o dedo, mas isso também eu não considero que foi uma super experiência. No Brasil eu tive muita experiência, então eu cheguei lá com essa experiência toda que eu tinha e eu fiquei assim, espera aí.

Foster:

E só pra comentar, Alexia também adora qualquer série sobre hospital, médicos, grazy anime. Então, você chegou num hospital com toda todas essas experiências do Brasil, daqui de Portugal, e uma visão na sua cabeça de como ia ser, hospital nos Estados Unidos.

Alexia:

Eu fiquei chocada como as coisas são devagar, sabe? Pra país que tem orgulho em dizer que lá é tudo rápido, muito dinheiro, muita coisa, você chega numa urgência de hospital, urgência já de já diz muita coisa né? É uma coisa urgente, você precisa resolver rápido. E aí o Foster faz o checkin, tudo bem? A enfermeira tem que tirar a pressão, tem que fazer as perguntas, tem que saber se ele é alérgico a coisa ou não, saber remédio.

Alexia:

Está tudo certo, você demora lá dez minutinhos fazendo isso. Tudo bem. Depois que ela fez o checkin, eu estou vendo que o Forcher ainda tá todo largado assim na cama, colocaram soro mas não estão dando nenhum remédio pra dor

Foster:

Que ele ser, o quê? O líquido.

Alexia:

Aquela aguinha de de É. E eu estou vendo ele lá morrendo de dor e e assim, gente, a emergência não tinha ninguém mesmo, estava só ele lá na emergência do hospital. Então tinham assim, dez quartos na ala onde a gente estava.

Foster:

Na ala?

Alexia:

Ala.

Foster:

Ala. Ala.

Alexia:

Na parte, na ala que a gente estava, e só ele estava lá.

Foster:

É, foi mais ou menos as, quatro e meia da manhã.

Alexia:

Sim, mas nem mas fosse as duas já está, acho tanto faz só tinha você lá. E e aí estamos lá esperando a mulher no raiox chegar, aí a mulher no raiox chega, pergunta pra você, você acha que você consegue se mexer pouco? Óbvio que não, eu sei a resposta disso.

Foster:

Mas, tadinha, chegou uma mulher que, obviamente, não foi médica, ela não é uma pessoa, foi uma pessoa mais velha, tipo, sem capacidade para me ajudar nessa situação, querendo tirar raio x. Então, daí a Alex ficou, rodando baiana.

Alexia:

Não e assim a partir do momento que o seu pai precisa ajudar a técnica do raio x, tem muita coisa errada.

Foster:

Elas até colocaram o negócio pra bloquear a

Alexia:

A radiação.

Foster:

Radiação? Sim. Exatamente.

Alexia:

E e com nove enfermeiros, ali. Sabe? Chegamos Isso.

Foster:

No hospital, fizemos o checkin e depois disso, meio tipo todo mundo sumiu. Mas eu acho importante dizer que, só nosso, essa minha experiência, isso não representa os Estados Unidos e sistema de saúde em geral?

Alexia:

Claro que não.

Foster:

E é só a minha experiência pessoal?

Alexia:

Sim, sim. E, e tinham lá nove enfermeiros, fazendo o trabalho de de administração, estavam em frente ao computador, fazendo coisa e eu olhando assim eu assim, espera aí, aí a mulher do raio x saiu, o seu pai sentou de novo e eu olhei pra sua maca e você largado assim, sabe? Sem ainda tomar morfina, sem tomar nada. Aí eu fui lá bonitinha com meu sangue brasileiro, né? E falei, gente desculpa, mas alguém precisa ajudar ele a arrumar uma posição boa.

Alexia:

Ah, eu falei não, tem que ajudar ele a arrumar uma posição boa, eu não vou tocar nele, o meu sogro não vai tocar nele, vocês que são capazes de fazer isso podem ajudar. Aí foi lá uma menina de cara fechada, te ajudou

Foster:

De cara fechada. É. Quer dizer o que?

Alexia:

É, chateada. Te ajudou e ainda isso aí já se passaram assim, duas horas e meia, sem morfina nem nada. Foi quando a médica veio e aí finalmente deram morfina e logo depois a droga do Michael Jackson, propofol e aí pronto resolvido o assunto em dez minutos. Ela botou seu ombro de volta no lugar e deu tchau.

Foster:

Com dor a médica chegou.

Alexia:

Aí veio todo mundo.

Foster:

É, eu senti, tipo, tão aliviado, porque ela, tipo, pegou a minha mão, tipo, você está bem?

Alexia:

Ela é ótima.

Foster:

Senão precisa se preocupar, é braço esquerdo, está tudo certo. E, quando ela chegou, todo mundo estava trabalhando tipo super eficiente.

Alexia:

Eu nunca vi tanto enfermeiro junto na minha vida. Foi assim, chegou ela todos eles juntos, eu não eu também não sei, isso é uma coisa que você pode me responder. O hospital pra onde a gente foi era hospital universitário também? Não. Não?

Alexia:

Porque no Brasil tem hospitais que são parte das universidades, e é onde você vê os alunos fazendo as aulas né? Os estudos digamos assim.

Foster:

Sim, eu acho que não é, hospital desses não.

Alexia:

Veio tudo, veio Crash card que é o e como é que se fala isso? Engraçado eu não sei como é que se fala isso em português. O carrinho pra, não sei E

Foster:

ressuscitar? Não

Alexia:

mas não é assim que a gente chama não. E depois eu volto com, o nome correto veio.

Foster:

Basicamente ela falou tipo vamos tirar esse medicamento, esse essa droga pra ti, como é que fala?

Alexia:

Sedar?

Foster:

Pra sedação. Pra sedação. E talvez você pode morrer com sei lá, senão vai conseguir

Alexia:

Talvez precisa ter parada cardíaca?

Foster:

Ela precisava da minha Autorização. É, verbal e escrita.

Alexia:

Sim.

Foster:

Eu falei tipo assim está tudo certo e depois eu não lembro de mais nada

Alexia:

acordei. E nem ouvi porque eles tiraram a gente do quarto, óbvio, fecharam a cortina também, óbvio, e aí ficou eu e seu pai assim olhando pra cara do outro só esperando, aí ele, essa médica é cruel, essa médica é profissional, ele adorando Eu assim é, é. E aí chegou a sua mãe, depois disso tudo.

Foster:

Então, eu acordei a família inteira, estava lá, e acho que é o fim de parte dois.

Alexia:

Sim sim.

Foster:

Depois disso continua a história de

Alexia:

É uma novela. É,

Foster:

é quase uma comédia de Horrores. Horrores e é é uma comédia de horrores Isso. E erros. Mas alguma coisa pra finalizar Alexia?

Alexia:

Não, só isso.

Foster:

Então muito obrigada. Cuidado gente saindo da cama por favor. E até o próximo episódio.

Alexia:

Tchau.