Carioca Connection - Brazilian Portuguese Conversation

Enquanto o Foster está voltando para Portugal depois de perder um familiar, vamos escutar alguns dos nossos episódios favoritos sobre saúde mental em comemoração ao Dia Mundial da Saúde Mental. Já já vamos estar de volta com episódios novos!

In this episode of Carioca Connection, Alexia and Foster discuss the personal and universal experience of anxiety.

They share insights on managing anxiety, the importance of mental health, and how therapy plays a crucial role in their lives. Through an informal, engaging conversation, they highlight the cultural taboos around mental health and how openness can break them down.

Let's "name the bulls" (Brazilian expressions can be a little weird sometimes) and get started!

Key points include:

 • Understanding anxiety and its effects
 • The role of therapy in mental health
 • Cultural views on mental health and breaking taboos
 • Personal stories of dealing with anxiety

E agora em português...

Neste episódio do Carioca Connection, Alexia e Foster discutem a experiência pessoal e universal da ansiedade. Eles compartilham reflexões sobre como lidar com a ansiedade, a importância da saúde mental e como a terapia desempenha um papel crucial em suas vidas. Através de uma conversa informal e envolvente, eles destacam os tabus culturais em torno da saúde mental e como a abertura pode quebrá-los.

Os principais pontos incluem:

 • Entendendo a ansiedade e seus efeitos
 • O papel da terapia na saúde mental
 • Visões culturais sobre saúde mental e quebrando tabus
 • Histórias pessoais sobre lidar com ansiedade

Vamos “dar nome aos bois” (as expressões brasileiras podem ser um pouco estranhas às vezes) e começar!

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What is Carioca Connection - Brazilian Portuguese Conversation?

Learn Brazilian Portuguese with real-life conversations you'll never find in textbooks or apps. Join Alexia (🇧🇷 native speaker) and Foster (🇺🇸 learning Portuguese) to have interesting, fun conversations that will improve your Brazilian Portuguese comprehension and communication.

Alexia:

Olá olá pessoal bemvindos a mais episódio aqui do Careca Connection. Estamos muito felizes em têlos por aqui. E hoje especialmente temos mais uma pessoinha, o nosso boyzinho, está assistindo a gente a gravar, né Foster?

Foster:

Sim o nosso cão nosso cachorro está aqui no sofá gravando com a gente então se, não sei se vamos ter alguns latidos durante o episódio.

Alexia:

Não ele está dormindo feliz e contente, está sonhando. Bom, Roger, hoje nós vamos falar sobre assunto muito importante.

Foster:

E muito pessoal.

Alexia:

E muito pessoal, que é relacionado à saúde mental.

Foster:

Sim e mais especificamente, ansiedade.

Alexia:

Sim a ansiedade que eu, gosto de falar que, é não é o maior problema mas assim, eu acho que é o que mais acontece com a nossa geração, hoje em dia. Sim. Somos capazes de perceber mais e dar nomes aos bois, do que na geração anterior.

Foster:

Sim é tema que todo mundo pode entender. Mas os bois Isso

Alexia:

que eu ia falar você já escutou esse nessa expressão dar nome ao boi ou seja você consegue se conectar você consegue entender

Foster:

Ah boi? É. Boi tipo.

Alexia:

Vaca o marido da baixo marido.

Foster:

Marido da vaca, depois do casamento das vaquinhas, eu é vaca macho.

Alexia:

É uma vaca macho exata.

Foster:

No próximo episódio casamento, dos vaqueiros.

Alexia:

Dos vaqueiros. Vaqueiro de quem toma conta da vaca. Mas enfim então dar nome ao boi ou seja, ok vamos sentar aqui vamos dar nome aos bois. Quem é que fez tal coisa? Entendeu?

Alexia:

Quem é que quebrou o prato da cozinha? Aí alguém fala ah fui eu, dar nome aos bois.

Foster:

Entendi é é é uma frase que eu não conheci.

Alexia:

Eu não sei porque eu tirei do baú nesse momento.

Foster:

Nossa você tirou do baú? Sim. Fala normal Alexia.

Alexia:

Eu entrei a expressão. O quê? Eu estou aqui pra isso. Bom

Foster:

aqui a Alexia ultimamente está passando muito tempo no TikTok Não isso é então ela está aprendendo muita coisa da geração z.

Alexia:

Isso é da minha, da geração dos meus pais, a z nem sabe do que que se trata.

Foster:

Tá bom, enfim, a gente vai falar sobre ansiedade, o que que é, Porque é importante ir pouco sobre as nossas experiências com ansiedade.

Alexia:

Sim, maio foi maio que foi o mês do da saúde mental se eu não me engano.

Foster:

Sim mas pra mim é é todo mês.

Alexia:

Sim e eu acho muito importante nós sempre falarmos sobre isso sermos muito abertos sobre isso porque muitas vezes as pessoas nem nem sabe que tem né não conseguem relacionar uma coisa a outra, acham que é assim mesmo, é é o que é o normal da vida.

Foster:

É é assunto complicado porque todo mundo tem ansiedade.

Alexia:

Sim.

Foster:

E a ansiedade pode ser uma coisa boa é uma coisa que aconteceu com a nossa evolução humana, falei correta?

Alexia:

Sim.

Foster:

Que pouquinho de ansiedade é bom, senão o que que tigre de ataque?

Alexia:

Par.

Foster:

Né? Tipo, pensando cem mil anos atrás, é bom estar, alerto. Alerta? Alerta. Mas quando a ansiedade realmente te atrapalha, te

Alexia:

Em impede de fazer as coisas.

Foster:

Exatamente, te impede de viver uma vida normal, entre aspas. Daí é é uma situação mais complicada.

Alexia:

E eu acho também muito importante, alertar e também falar sobre porque às vezes isso ainda é tabu em alguns países. Então por exemplo, nem todos os países vão falar abertamente né sobre saúde mental ainda é uma coisa que ah não se fala muito, não vamos falar sobre isso porque não é meu problema, sabe? E e se é meu problema eu não quero abrir isso pras outras pessoas, pras pessoas não ficarem sabendo e terem pena e e aí vira ciclo vicioso. Então dependendo da cultura também é é uma coisa que é falada ou não.

Foster:

É mas eu acho em qualquer cultura do mundo ainda é pouco tabu.

Alexia:

Sim mas por exemplo na minha bolha do Rio de Janeiro, a gente fala sobre isso abertamente sem o menor problema e falamos que vamos no psicólogo no psiquiatra e que que eu falei com a minha psicóloga que que eu deixei de falar e etcétera etcétera então assim, eu acho que depende muito também do ciclo social que você está inserido, né? E qual se as pessoas são abertas ou não a receber esse tipo de informação.

Foster:

É, depende de muita coisa. Seus amigos, sua idade, geração, se você é masculino, feminino, eu acho talvez pouco mais.

Alexia:

Se você é homem ou mulher. Sim. A gente não fala se você é masculino ou feminino.

Foster:

Você é masculino? É saiu pouco estranho. Mas enfim, o que que é a ansiedade pra você, Alexi?

Alexia:

Ansiedade é, pra mim, pessoalmente porque pra cada pessoa pode ser diferente, né então, pra mim, pessoalmente é, a falta de controle do que pode acontecer.

Foster:

Sim, pra mim também.

Alexia:

Só que aí depende né? Às vezes as pessoas ficam presas no passado, esquecem de viver o presente e às vezes as pessoas ficam pensando muito no futuro e esquecem de viver o presente.

Foster:

Sim, eu já escutei essa ideia que interpretação tem mais a ver com o passado, você fica trancado no passado, a ansiedade é lendo pro futuro sem esperança.

Alexia:

Eu eu acho que depende também.

Foster:

É tem que isso, sei lá.

Alexia:

Sim, então pra mim é isso é a falta de, controle do que pode acontecer no futuro. E isso me dá, muito medo e muita ansiedade e muita frustração, e que às vezes eu posso ficar estagnada e, apática. Apática? Eu acho que eu eu traduzi do do inglês.

Foster:

Apática?

Alexia:

É está certo eu nem em português está.

Foster:

Apatética? Não. Apatec? É pode descrever o que você quer falar? Sem

Alexia:

reação. Sem

Foster:

muito interesse.

Alexia:

Sem muito interesse. E é uma coisa que eu tenho vivenciando muito agora, na minha, terapia, que ela vem trabalhando muito sobre isso comigo. E esse momento que eu estou, que é de autoconhecimento e de entendimento da de minhas ações antigas e do como é que eu vou agir no futuro me faz ficar muito dentro de mim e pensando muito sobre as minhas ações e reações. Então às vezes eu me vejo assim ok, então se eu fizer isso eu faço aquilo não sei que e eu esqueço de viver. É.

Alexia:

Eu esqueço de ter os meus interesses, eu esqueço de fazer outras coisas.

Foster:

É, seja bemvindo ao meu mundo vivendo na cabeça sempre. É. E é difícil também porque depressão e ansiedade são primos, né, são amigos. Sim. Que não mente vem com o outro ou é o contrário.

Foster:

Eu, pessoalmente, Foster, eu tenho os dois, clinicamente, vários médicos já me deram esse essa diagnóstico.

Alexia:

Diagnóstico. Diagnóstico.

Foster:

É difícil entender tipo eu estou pouco triste eu sou eu estou deprimido eu somente é pouco de ansiedade.

Alexia:

E eu também acho importante que falar que esse caminho do autoconhecimento porque o fóssil e eu nós fazemos terapia né? É, individualmente. E eu fóssil há mais tempo do que eu, agora né tipo segui na mente mas eu já fiz terapia há muito tempo, parei e voltei agora. E essa terapia que nós fazemos com duas pessoas diferentes e de formas diferentes e de, não é caminhos mas de, elas são diferentes tipo uma segue uma linha e outra segue outra né?

Foster:

Uhum.

Alexia:

A minha terapeuta de família, e relacionamentos, a do Foster é

Foster:

existencial. Então o que eu faço é pouco diferente.

Alexia:

É. E, só que é caminho também muito solitário. Eu acho também muito solitário.

Foster:

Por quê?

Alexia:

É é solitário se você parar pra pensar. Tipo você tem a terapia, você fala sobre as suas questões, você conversa com aquela pessoa né que está ali que está te ajudando e tal, mas depois você fica dentro de si pensando sobre aquilo

Foster:

ver a terapia é, por exemplo é o primeiro passo. Porque bom, pelo menos na mini terapia a gente fala muito sobre a integração e é basicamente o que você quer compartilhar com o mundo, o que você quer tentar integrar na sua vida diária digamos. Então pode ser solitário, eu te entendo, mas também é é processo né, processo longo.

Alexia:

Sim, não estou dizendo que seja ruim ou não, é mais é solitário.

Foster:

Sim. Mas enfim, eu acho que a mensagem de hoje é, ansiedade é uma coisa super normal.

Alexia:

Muito, mais normal do que sei lá.

Foster:

É normal não é a palavra perfeita comum

Alexia:

comum do que se pensa.

Foster:

É e terapia sempre é uma boa opção.

Alexia:

Com certeza com certeza.

Foster:

Então num futuro episódio a gente pode falar sobre vocabulário, e talvez alguns recursos.

Alexia:

Sim, vai ser ótimo.

Foster:

Que tal?

Alexia:

Sim, com certeza.

Foster:

Então muito obrigado Alexia. Agora eu sou mais tranquilo, sem ansiedade.

Alexia:

Estamos bem?

Foster:

Então até o próximo.

Alexia:

Tchau.