Learn Brazilian Portuguese with real-life conversations you'll never find in textbooks or apps. Join Alexia (🇧🇷 native speaker) and Foster (🇺🇸 learning Portuguese) to have interesting, fun conversations that will improve your Brazilian Portuguese comprehension and communication.
Olá olá pessoal bemvindos a mais episódio aqui do Careca Connection. Estamos muito felizes em têlos por aqui. E hoje especialmente temos mais uma pessoinha, o nosso boyzinho, está assistindo a gente a gravar, né Foster?
Foster:Sim o nosso cão nosso cachorro está aqui no sofá gravando com a gente então se, não sei se vamos ter alguns latidos durante o episódio.
Alexia:Não ele está dormindo feliz e contente, está sonhando. Bom, Roger, hoje nós vamos falar sobre assunto muito importante.
Foster:E muito pessoal.
Alexia:E muito pessoal, que é relacionado à saúde mental.
Foster:Sim e mais especificamente, ansiedade.
Alexia:Sim a ansiedade que eu, gosto de falar que, é não é o maior problema mas assim, eu acho que é o que mais acontece com a nossa geração, hoje em dia. Sim. Somos capazes de perceber mais e dar nomes aos bois, do que na geração anterior.
Foster:Sim é tema que todo mundo pode entender. Mas os bois Isso
Alexia:que eu ia falar você já escutou esse nessa expressão dar nome ao boi ou seja você consegue se conectar você consegue entender
Foster:Ah boi? É. Boi tipo.
Alexia:Vaca o marido da baixo marido.
Foster:Marido da vaca, depois do casamento das vaquinhas, eu é vaca macho.
Alexia:É uma vaca macho exata.
Foster:No próximo episódio casamento, dos vaqueiros.
Alexia:Dos vaqueiros. Vaqueiro de quem toma conta da vaca. Mas enfim então dar nome ao boi ou seja, ok vamos sentar aqui vamos dar nome aos bois. Quem é que fez tal coisa? Entendeu?
Alexia:Quem é que quebrou o prato da cozinha? Aí alguém fala ah fui eu, dar nome aos bois.
Foster:Entendi é é é uma frase que eu não conheci.
Alexia:Eu não sei porque eu tirei do baú nesse momento.
Foster:Nossa você tirou do baú? Sim. Fala normal Alexia.
Alexia:Eu entrei a expressão. O quê? Eu estou aqui pra isso. Bom
Foster:aqui a Alexia ultimamente está passando muito tempo no TikTok Não isso é então ela está aprendendo muita coisa da geração z.
Alexia:Isso é da minha, da geração dos meus pais, a z nem sabe do que que se trata.
Foster:Tá bom, enfim, a gente vai falar sobre ansiedade, o que que é, Porque é importante ir pouco sobre as nossas experiências com ansiedade.
Alexia:Sim, maio foi maio que foi o mês do da saúde mental se eu não me engano.
Foster:Sim mas pra mim é é todo mês.
Alexia:Sim e eu acho muito importante nós sempre falarmos sobre isso sermos muito abertos sobre isso porque muitas vezes as pessoas nem nem sabe que tem né não conseguem relacionar uma coisa a outra, acham que é assim mesmo, é é o que é o normal da vida.
Foster:É é assunto complicado porque todo mundo tem ansiedade.
Alexia:Sim.
Foster:E a ansiedade pode ser uma coisa boa é uma coisa que aconteceu com a nossa evolução humana, falei correta?
Alexia:Sim.
Foster:Que pouquinho de ansiedade é bom, senão o que que tigre de ataque?
Alexia:Par.
Foster:Né? Tipo, pensando cem mil anos atrás, é bom estar, alerto. Alerta? Alerta. Mas quando a ansiedade realmente te atrapalha, te
Alexia:Em impede de fazer as coisas.
Foster:Exatamente, te impede de viver uma vida normal, entre aspas. Daí é é uma situação mais complicada.
Alexia:E eu acho também muito importante, alertar e também falar sobre porque às vezes isso ainda é tabu em alguns países. Então por exemplo, nem todos os países vão falar abertamente né sobre saúde mental ainda é uma coisa que ah não se fala muito, não vamos falar sobre isso porque não é meu problema, sabe? E e se é meu problema eu não quero abrir isso pras outras pessoas, pras pessoas não ficarem sabendo e terem pena e e aí vira ciclo vicioso. Então dependendo da cultura também é é uma coisa que é falada ou não.
Foster:É mas eu acho em qualquer cultura do mundo ainda é pouco tabu.
Alexia:Sim mas por exemplo na minha bolha do Rio de Janeiro, a gente fala sobre isso abertamente sem o menor problema e falamos que vamos no psicólogo no psiquiatra e que que eu falei com a minha psicóloga que que eu deixei de falar e etcétera etcétera então assim, eu acho que depende muito também do ciclo social que você está inserido, né? E qual se as pessoas são abertas ou não a receber esse tipo de informação.
Foster:É, depende de muita coisa. Seus amigos, sua idade, geração, se você é masculino, feminino, eu acho talvez pouco mais.
Alexia:Se você é homem ou mulher. Sim. A gente não fala se você é masculino ou feminino.
Foster:Você é masculino? É saiu pouco estranho. Mas enfim, o que que é a ansiedade pra você, Alexi?
Alexia:Ansiedade é, pra mim, pessoalmente porque pra cada pessoa pode ser diferente, né então, pra mim, pessoalmente é, a falta de controle do que pode acontecer.
Foster:Sim, pra mim também.
Alexia:Só que aí depende né? Às vezes as pessoas ficam presas no passado, esquecem de viver o presente e às vezes as pessoas ficam pensando muito no futuro e esquecem de viver o presente.
Foster:Sim, eu já escutei essa ideia que interpretação tem mais a ver com o passado, você fica trancado no passado, a ansiedade é lendo pro futuro sem esperança.
Alexia:Eu eu acho que depende também.
Foster:É tem que isso, sei lá.
Alexia:Sim, então pra mim é isso é a falta de, controle do que pode acontecer no futuro. E isso me dá, muito medo e muita ansiedade e muita frustração, e que às vezes eu posso ficar estagnada e, apática. Apática? Eu acho que eu eu traduzi do do inglês.
Foster:Apática?
Alexia:É está certo eu nem em português está.
Foster:Apatética? Não. Apatec? É pode descrever o que você quer falar? Sem
Alexia:reação. Sem
Foster:muito interesse.
Alexia:Sem muito interesse. E é uma coisa que eu tenho vivenciando muito agora, na minha, terapia, que ela vem trabalhando muito sobre isso comigo. E esse momento que eu estou, que é de autoconhecimento e de entendimento da de minhas ações antigas e do como é que eu vou agir no futuro me faz ficar muito dentro de mim e pensando muito sobre as minhas ações e reações. Então às vezes eu me vejo assim ok, então se eu fizer isso eu faço aquilo não sei que e eu esqueço de viver. É.
Alexia:Eu esqueço de ter os meus interesses, eu esqueço de fazer outras coisas.
Foster:É, seja bemvindo ao meu mundo vivendo na cabeça sempre. É. E é difícil também porque depressão e ansiedade são primos, né, são amigos. Sim. Que não mente vem com o outro ou é o contrário.
Foster:Eu, pessoalmente, Foster, eu tenho os dois, clinicamente, vários médicos já me deram esse essa diagnóstico.
Alexia:Diagnóstico. Diagnóstico.
Foster:É difícil entender tipo eu estou pouco triste eu sou eu estou deprimido eu somente é pouco de ansiedade.
Alexia:E eu também acho importante que falar que esse caminho do autoconhecimento porque o fóssil e eu nós fazemos terapia né? É, individualmente. E eu fóssil há mais tempo do que eu, agora né tipo segui na mente mas eu já fiz terapia há muito tempo, parei e voltei agora. E essa terapia que nós fazemos com duas pessoas diferentes e de formas diferentes e de, não é caminhos mas de, elas são diferentes tipo uma segue uma linha e outra segue outra né?
Foster:Uhum.
Alexia:A minha terapeuta de família, e relacionamentos, a do Foster é
Foster:existencial. Então o que eu faço é pouco diferente.
Alexia:É. E, só que é caminho também muito solitário. Eu acho também muito solitário.
Foster:Por quê?
Alexia:É é solitário se você parar pra pensar. Tipo você tem a terapia, você fala sobre as suas questões, você conversa com aquela pessoa né que está ali que está te ajudando e tal, mas depois você fica dentro de si pensando sobre aquilo
Foster:ver a terapia é, por exemplo é o primeiro passo. Porque bom, pelo menos na mini terapia a gente fala muito sobre a integração e é basicamente o que você quer compartilhar com o mundo, o que você quer tentar integrar na sua vida diária digamos. Então pode ser solitário, eu te entendo, mas também é é processo né, processo longo.
Alexia:Sim, não estou dizendo que seja ruim ou não, é mais é solitário.
Foster:Sim. Mas enfim, eu acho que a mensagem de hoje é, ansiedade é uma coisa super normal.
Alexia:Muito, mais normal do que sei lá.
Foster:É normal não é a palavra perfeita comum
Alexia:comum do que se pensa.
Foster:É e terapia sempre é uma boa opção.
Alexia:Com certeza com certeza.
Foster:Então num futuro episódio a gente pode falar sobre vocabulário, e talvez alguns recursos.
Alexia:Sim, vai ser ótimo.
Foster:Que tal?
Alexia:Sim, com certeza.
Foster:Então muito obrigado Alexia. Agora eu sou mais tranquilo, sem ansiedade.
Alexia:Estamos bem?
Foster:Então até o próximo.
Alexia:Tchau.