Carioca Connection - Brazilian Portuguese Conversation

In this episode of Carioca Connection, Alexia and Foster continue their conversation about Brazilian proverbs and expressions. They explore how these sayings relate to communication and relationships, providing insights that go beyond textbook learning. You’ll hear Alexia’s personal anecdotes about mishaps with spicy peppers and reflections on age-old sayings that resonate with everyday life. This episode is a delightful mix of cultural wisdom and language learning, perfect for anyone interested in understanding the nuances of Brazilian Portuguese.

E agora em português… 🇧🇷

Neste episódio do Carioca Connection, Alexia e Foster mergulham no mundo dos provérbios e expressões brasileiras. Eles exploram como esses ditados se relacionam com a comunicação e os relacionamentos, oferecendo insights que vão além do aprendizado dos livros didáticos. Você ouvirá anedotas pessoais da Alexia sobre contratempos com pimentas e reflexões sobre ditados antigos que ressoam no dia a dia. Este episódio é uma mistura deliciosa de sabedoria cultural e aprendizado de idiomas, perfeito para quem deseja entender as nuances do português brasileiro.

As always, this episode is packed with real-life Brazilian Portuguese that you won’t find in textbooks or apps. Enjoy!
  • (00:00) - Introdução ao Episódio
  • (01:42) - Pimenta nos Olhos dos Outros
  • (07:09) - O Peixe Morre pela Boca
  • (09:05) - Com Quem Andas, Te Direi Quem És
  • (11:20) - Amigos e Negócios
  • (12:39) - Em Boca Fechada Não Entra Mosca
  • (13:44) - O Que os Olhos Não Veem
  • (15:36) - Quando Não Quer, Dois Não Brigam

Creators and Guests

Host
Alexia Souza
Co-host of Carioca Connection
Host
Foster Hodge
Co-host of Carioca Connection

What is Carioca Connection - Brazilian Portuguese Conversation?

Learn Brazilian Portuguese with real-life conversations you'll never find in textbooks or apps. Join bilingual hosts Alexia (🇧🇷 native speaker) and Foster (🇺🇸 learner) as they share their daily life through compelling conversations that will help you understand native speakers more clearly and speak Brazilian Portuguese with confidence.

Alexia:

Oi oi pessoal e bemvindos a mais episódio do Carioca Connection, meu nome é Alexia e eu estou aqui com o Foster.

Foster:

Olá Alexia. Oi gente, está tudo bem?

Alexia:

Tudo ótimo. Bom, direto ao ponto hoje, o episódio de hoje vai ser a continuação de expressões, ditados, provérbios que a gente começou no episódio passado e se você não escutou o episódio passado, não tem muito problema, mas seria legal você voltar para começar a entender melhor as expressões. Do contrário, fica aqui, escuta esse e depois escuta o anterior, está bom?

Foster:

É isso mesmo. E hoje os provérbios, não todos, mas tem o tema de relacionamentos.

Alexia:

E comunicação.

Foster:

E comunicação. É. Que eu acho que faz muito sentido pra nós e pra, a maior parte dos nossos ouvintes que estão numa relacionamento com brasileiro, brasileira, com o mesmo

Alexia:

ambiente. E seja em questão de trabalho ou não? Não necessariamente amoroso.

Foster:

Sim. Então, Alexia, está pronta?

Alexia:

Sim.

Foster:

Então, eu vou só falar os as primeiras 2 ou 3 palavras, do ditado da, da expressão ou provérbio e vou ver se, você consegue adivinhar qual é.

Alexia:

Vai.

Foster:

Está bom? Uhum. Então, pimenta nos olhos.

Alexia:

Dos outros é refresco. Pimenta nos olhos dos outros é refresco.

Foster:

Pimenta nos olhos dos outros é refresco.

Alexia:

Sim. Ou então pimenta no olho do outro é refresco, né? Depende se você está falando de, ou mais pessoas tanto faz, mas é muito mais no sentido do tipo. Eu não sei se você já passou por essa situação de, sem querer colocar pimenta no olho, eu já?

Foster:

Tá, estamos falando de pimenta.

Alexia:

Pimenta mesmo. Existia, eu tinha 1 planta, pimenteiro, nem sei como é que se chama isso, em casa, e sem querer eu botei a mão, na pimenta em si, e depois eu cosei o olho. E eu não sei se você sabe o que acontece, mas o seu olho fica inchado, ardendo, é a coisa mais terrível que se pode acontecer.

Foster:

Eu nunca passei por isso, não.

Alexia:

Eu fiquei com os 2 olhos inchados, coitadas de mim, foi horrível, horrível, horrível.

Foster:

É sério?

Alexia:

É sério.

Foster:

Então, estamos falando de pimenta, por exemplo, pimenta e sal, sal e pimenta.

Alexia:

Hã? Que que o sal tem a ver?

Foster:

Pimenta que você coloca, na comida.

Alexia:

Estou falando da.

Foster:

Eu sempre fico confuso com, pimentão, pimenta.

Alexia:

Não, pimenta que arde, pimenta é o que

Foster:

É tipo chile, pá,

Alexia:

por isso. É isso.

Foster:

Então, pimenta, como é que fala, pimenta da mesa? Pimenta negra.

Alexia:

É, você está me confundindo muito. Calma aí, primeiro, o que eu estou falando tia, de pimenta, é a pimenta em si. Quando você come pimenta os padrões, né, vem aquele negócio, é aquilo?

Foster:

Sim.

Alexia:

Quando você fala, ah traz o sal e a pimenta pra mesa, é o que você faz o crack, crack, crack, crack pra botar pimenta em cima da comida?

Foster:

Então, por exemplo, me passa o sal e pimenta.

Alexia:

Que vai vir em grão.

Foster:

Pimenta em grão. É. Tá. Então, aqui não estamos falando de pimenta em grão, mas, a planta, o negócio é que. O pimenta é muito confuso.

Foster:

E também existe pimentão. Que é, acho que seria belo Pepper. É. Então agora a gente está falando de papers, tipo de. Está bom.

Foster:

Meu Deus. Então Alex, o que quer dizer esse provérbio?

Alexia:

Significa que tipo, o que está acontecendo com os outros, vamos supor que, isso isso é mau, na verdade, é é é ditado mau, ou seja, pimenta nos olhos dos outros é refresco, ou seja, está acontecendo algo de mal com o outro, então comigo não, ou seja, eu estou tranquila, Sabe, tipo, é refrescante.

Foster:

Ah, tá. Então, é mais ou menos. Você está recebendo prazer ou felicidade.

Alexia:

Que não é comigo,

Foster:

que não dificuldades dos outros.

Alexia:

Não, não é isso, eu estou tranquila que não está acontecendo comigo, não necessariamente, eu estou Não

Foster:

é o meu problema.

Alexia:

Exatamente isso.

Foster:

É, então não tem nada a ver comigo.

Alexia:

Não, é, pimenta nos olhos dos outros é refresco, enquanto está acontecendo com eles e não está acontecendo comigo está tudo bem.

Foster:

É 1 frase que é comum.

Alexia:

É, super.

Foster:

Você pode me dar exemplo? Tipo de qual contexto que você usaria?

Alexia:

Não sei, nesse momento.

Foster:

Por exemplo, faz sentido falar. Não sei. A casa na rua está em obras, mas a nossa casa está bem, então, não é não é nosso problema.

Alexia:

Pode ser.

Foster:

É?

Alexia:

Foi exemplo mau, mas pode ser.

Foster:

Bom, eu tentei. Bom, para finalizar, pode falar mais 1 vez.

Alexia:

É, pimenta nos olhos dos outros é refresco. Nossa.

Foster:

Bom, próximo provérbio, Alexia. Peixe morre.

Alexia:

O quê?

Foster:

Peixe.

Alexia:

O peixe morre pela boca.

Foster:

O peixe. O peixe morre pela boca.

Alexia:

Sim.

Foster:

Quase todos têm a ver com comida, animais, nossa. Então vamos lá. O peixe morre pela boca.

Alexia:

Significa que, se o peixe ficar de boca aberta, né, muito tempo, ele morre, certo? Sem oxigênio? Sim. Certo? Isso é normal.

Alexia:

Nesse caso, o meu entendimento é sobre 1 pessoa fofoqueira, então que fica espalhando fofoca sobre os outros e acaba voltando pra ela as mentiras, as fofocas etcetera. Então o peixe morre pela boca, 1 hora tudo que essa pessoa está falando sobre alguém, mal de alguém ou coisa parecida, vai acabar morrendo, tipo, não morrendo em si, mas. It's et's karma, é meio que isso.

Foster:

É isso que eu ia falar, que basicamente o sentimento é, se você está.

Alexia:

What goes around comes around?

Foster:

É, se você está falando mal dos outros ou fofocando, com o tempo isso vai voltar para você.

Alexia:

É isso? É isso. Esse é meu entendimento sobre.

Foster:

Mas, essa provérbio não é tão comum quanto pimenta nos olhos? Não. Pra você?

Alexia:

Não, pra mim não.

Foster:

Está bom. Mais Alexia. Digame.

Alexia:

Com quem andas e te direis quem és?

Foster:

Nossa, foi tão rápido.

Alexia:

Pode falar em pé. Digame com quem andas e te direi quem és. Quantas vezes a Alexia já escutou isso ouvindo da boca da própria mãe quando era pequena e na adolescência. Meu eu tenho trauma, dessa inspiração, de 1 forma que eu seja, não tenho ideia.

Foster:

Desculpa, mãe, eu não sabia.

Alexia:

Não tem problema.

Foster:

Bom, sem ser traumática, primeiramente, parece muito formal. Pode falar a frase interna, digame

Alexia:

Digame com quem andas e te direi quem és.

Foster:

Então, pode ver se minha pronúncia está correta. Digame com quem andas e te direi quem és. Digame com quem andas eu te direi com quem és. Nossa, é muito

Alexia:

difícil. Essa última parte foi errada, mas.

Foster:

É muito difícil porque, pessoas não falam assim hoje em

Alexia:

dia, né? Não, mas é 1 expressão.

Foster:

E é comum também?

Alexia:

Super. Então, por exemplo, você tem grupinho de escola, grupinho de faculdade, grupinho de alguma coisa e, sei lá, todo mundo faz a mesma coisa nesse grupinho e os pais começam a se preocupar e meio que assim, hum, se aquela pessoa eu não gosto muito, né, aquele adolescente, aquela criança eu não gosto muito com o meu filho, o meu filho vai acabar sendo igual a a essa criança, então meio que, é é mais ou menos nesse contexto. Tipo, eu te conheço, pelo fato do grupo com quem você anda.

Foster:

Sim. É, bom. Bom, o próximo. Espero que não seja tão traumática. Amigos amigos.

Alexia:

Negócios à parte.

Foster:

Nossa Alex, você é muito boa nessas coisas. Então, vamos lá, pode falar o provérbio inteiro.

Alexia:

Amigos amigos, negócios à parte.

Foster:

Amigos amigos, negócios à parte.

Alexia:

Coisa que nós 2 não fazemos. Nós temos o nosso relacionamento e o negócio juntos, nós juntamos tudo, então nós não seguimos esse ditado de jeito nenhum, mas basicamente é não envolver 1 coisa com a outra. 1 coisa é você ser amigo, outra coisa é você ter negócio com aquela pessoa, quando envolve dinheiro, etcétera, é quando começa a ser confuso.

Foster:

Então, mais ou menos, é. Pra negócios e e amizade, né, não combinam. Não. É isso. É.

Foster:

Bom, a gente não segue esse ditado. Você topa fazer mais, alguns? Claro. Em boca fechada.

Alexia:

Tá, em boca fechada não entra mosca ou não entra mosquito. Tanto faz.

Foster:

Então, pode falar a frase inteira?

Alexia:

Em boca fechada, não entra mosca, é como eu falaria. Mas eu sei que tem muita gente que fala que não entra mosquito.

Foster:

Tá, em pouco fechada, não entra mosca. Imagino que isso quer dizer. Se você não tem

Alexia:

Sim.

Foster:

Bom, lá Bom, lá vem trauma da minha

Alexia:

amiga. Mas é exatamente isso, ou seja, fica com a boca fechada, você não tem nada para dar opinião sobre esse assunto.

Foster:

Bom, próximo. O que os olhos não veem?

Alexia:

O coração não sente.

Foster:

Explica. Né? Primeiramente, pode falar a frase inteira.

Alexia:

O que os olhos não veem, o coração não sente?

Foster:

O que os olhos não veem, o coração não sente.

Alexia:

Então, vou pegar aqui exemplo drástico e dramático, tá?

Foster:

Assim que eu gosto.

Alexia:

Vamos supor que alguém esteja desconfiando que o marido, a mulher, o namorado, relacionamento, qualquer coisa esteja traindo. Tá? Enquanto você não enxergar aquilo, enquanto você não vir aquilo, não se torna realidade e o coração não vai sentir. Então, é a mesma coisa assim, quem procura acha, é outro ditado que eu uso muito. Quem procura acha, quem procura problema acha, quem procura situações acha, se você procurar por aquilo você vai achar?

Foster:

Que seria mais ou menos o aposto, ao contrário. Então, que os olhos não veem, o

Alexia:

coração não sente.

Foster:

Eu acho que em inglês eu diria, tipo, all up side all of mind, temos essa frase e a outra frase foi, quem procura

Alexia:

Quem procura acha, essa é 1 é 1 que eu uso muito. Então por exemplo, eu tenho 1 amiga que fica arranjando problema pra ela, sempre, não sabe viver sem problema. Então assim, quem procura acha, quem procura problema acaba achando, sabe? É literalmente isso.

Foster:

Não vamos falar nomes, mas eu sei como em guerra.

Alexia:

Tem 1 última.

Foster:

Vamos. A última, Alice, quando não quer

Alexia:

2 já não brigam.

Foster:

O que quer dizer isso?

Alexia:

É igual quando é 1 inglês de não sei que, do tango. É isso.

Foster:

Então pode pular o ditado inteiro. Quando

Alexia:

não quer, 2 não brigam. Ou seja, se não quer brigar ou discutir aquela situação ou resolver aquela situação, não vai ter briga, eles não vão se

Foster:

resolver. É, então. É, mais ou menos, isso, the tak to the tango.

Alexia:

É isso.

Foster:

É interessante que eu entendo todas as palavras quando não quer, 2 não obriga. Mas eu não, teria ligado os pontos. Bom, muito bom, amor. Mais provérbio ditado para hoje?

Alexia:

Não, já foram.

Foster:

Então, muito obrigado, amor. Eu estou gostando muito dessa série e até o próximo episódio.

Alexia:

Tchau.