Carioca Connection - Brazilian Portuguese Conversation

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It's that time of the year again and we're here to talk about Christmas. In this episode, Alexia and her dad Marco talk about the meaning of Christmas for Brazilians and some of the differences between celebrating Christmas in Brazil and in Portugal. 

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What is Carioca Connection - Brazilian Portuguese Conversation?

Learn Brazilian Portuguese with real-life conversations you'll never find in textbooks or apps. Join Alexia (🇧🇷 native speaker) and Foster (🇺🇸 learning Portuguese) to have interesting, fun conversations that will improve your Brazilian Portuguese comprehension and communication.

Alexia:

Oi oi pessoal bemvindos a clima natalino, episódio especial de Natal, feliz de Natal.

Marco Antonio:

Feliz Natal a todos.

Alexia:

E como vocês já viram eu estou aqui com meu pai Marco, convidei ele de novo pra vir gravar mais episódiozinho aqui, porque gente, Natal a gente comemora Natal aqui em casa, eu pessoalmente adoro Natal, eu gosto mais das decorações de Natal do que o Natal aí sim e da comida que é sempre muito boa.

Marco Antonio:

Sim, e é o famoso espírito de Natal, né, que é muito importante, todo mundo alegre, pouco sentimental Isso, isso faz

Alexia:

parte. Natalino.

Marco Antonio:

Espírito Natalino.

Alexia:

Pai, olhando pelo lado da religião, você pode, escrever não, você pode descrever ou explicar que que é o Natal?

Marco Antonio:

O Natal é o nascimento de Jesus, é o é o acontecimento mais importante para o as pessoas que acreditam na história da humanidade e certamente o mais importante pra igreja católica, eu sou católico e igrejas cristãs espalhadas pelo mundo, é o nascimento do Salvador, aquele que veio se sacrificar pelos nossos pecados.

Alexia:

Tá. Eu não vou entrar em discussão religiosa porque a gente já não está aqui para isso nem nada, mas você se considera uma pessoa religiosa?

Marco Antonio:

Sim, não é o fato de ir à igreja etcetera, é o fato de me sentir deeply, lá lá dentro, religioso. Eu eu tenho especial carinho pela Virgem Santíssima, peço sempre para ela, enfim, tenho assim uma relação toda particular.

Alexia:

Virgem Santíssima é Nossa Senhora.

Marco Antonio:

Nossa Senhora, é Maria, a mãe de

Alexia:

Jesus. Exatamente. Tá, uma coisa que a gente quase não faz, mas eu acho que é porque a gente nunca, pelo menos eu pessoalmente, nunca achei uma igreja que eu me conectasse, com padre que eu me conectasse, a não ser uma vez quando eu e o Foster estávamos no Alentejo, que a gente conheceu o padre Rogério, lá no Alentejo, e que é padre super moderno, da nossa idade e que eu gosto muito disso. Mas eu lembro, que durante o Natal, quando os meus avós ainda eram vivas, aquela coisa toda, eles convidavam o padre para ir jantar, não convidavam para fazer a ceia ou coisa parecida?

Marco Antonio:

Filha, eu e tua mãe convidávamos.

Alexia:

O padre Lemos.

Marco Antonio:

O padre Lemos.

Alexia:

Sim, que me batizou.

Marco Antonio:

Exatamente, batizou fez o nosso casamento, né, o meio da sua mãe, e que nos acompanhou sempre como esse padre iluminado que que a gente tem como refúgio seguro pra telefonar e falar, padre Lemos eu preciso muito falar com o senhor.

Alexia:

E como é que vocês se conheceram?

Marco Antonio:

O padre Lemos, meu Deus,

Alexia:

eu A mamãe vai te puxar o pé no resto.

Marco Antonio:

Sim, sim. Eu eu não sei bem como é que nós conhecemos, mas foi por volta do ano antes do casamento nosso, que foi em mil novecentos e oitenta e três. Depois em oitenta e nove Alexia nasceu, ele batizou Alexia e nós sempre convidávamos o padre Lemos pra almoçar aos domingos, ele antes de comer e fazia uma oração e falava, perdoai senhor o pecado da gula.

Alexia:

Mas é normal no Brasil porque eu sei da nossa família né, mas era normal convidar padre pra ir no Natal em casa

Marco Antonio:

No interior.

Alexia:

No interior né, uma coisa bem de interior mesmo.

Marco Antonio:

Cidade Grande se perdeu isso, lamentavelmente, depois as pessoas iam na igreja, na noite de Natal e depois foise perdendo também esse hábito e o Natal passou a ser muito mais uma festa, com uísque, com enfim, do que espírito religioso, mas

Alexia:

Eu admito que as missas de Natal são sempre muito cheias. Sim. Você quase não consegue escutar o que que o padre fala. Você acaba encontrando pessoas que você não quer encontrar no dia do Natal. Então, pra mim, ir à missa é chato, eu vou ser muito sincera.

Marco Antonio:

Sim, é por isso que eu ia dia antes, dia depois, e fazia minhas orações particulares, nessa relação particular que eu tenho com com a religião. E durante tempo nós íamos, eu e sua mãe, íamos no convento das Clarissas, lá no Rio, eram as freiras que ficavam enclausuradas, reclusas. Reclusa, reclusas. Reclusa, reclusas. Então era muito bonito

Alexia:

Vamos aos pouquinhos. Que que é reclusa?

Marco Antonio:

Reclusa são religiosas

Alexia:

né? Freiras, né?

Marco Antonio:

Freiras, no caso, que se fecham para o mundo e vivem apenas o convento apenas dedicadas à meditação, às orações. A

Alexia:

E só tem uma ou duas que têm a permissão de sair pra pagar conta, fazer farmácia e etcétera e ver pessoas também de fora que normalmente são as chefes, digamos assim.

Marco Antonio:

Isso agora, porque antigamente era entregue, as mercadorias eram entregues através de uma barra de ferro e uma freira é que era, que recebia as pessoas, então ela via pessoas de fora, eventualmente havia padre que ia de tanto em tanto tempo pra fazer uma missa, mas elas ficavam reclusas, elas cortavam os laços com a vida comum e se dedicavam somente à vida religiosa.

Alexia:

Eu provavelmente seria igual a não ouvir sua rebelde.

Marco Antonio:

Mas com certeza absoluta, aliás muito mais rebelde do que noviço, Alex.

Alexia:

Pai, aproveitando a frase do padre Lemos da Gula, o que que se come na, porque assim, lá no Brasil a gente é país católico, né, em sua maioria, mas tem todas as religiões misturadas e tal, mas dia vinte e quatro é véspera de Natal e dia vinte e cinco é o Natal. Só que o que a gente faz no Brasil é, passa o Natal do dia vinte e quatro para o dia vinte e cinco, então a gente se encontra na casa de algum familiar, no dia vinte e quatro à noite e passa meianoite lá, comendo, conversando, trocando o presente, et cétera e todo mundo vai dormir às duas, três horas da manhã, né? É. E aí dia vinte e cinco acorda, aí vai pra casa, dá outra parte da família pra ter o almoço de Natal.

Marco Antonio:

Exatamente.

Alexia:

E o que que se come na ceia de Natal?

Marco Antonio:

É festival baseado no Peru, né? O Peru é o prato principal, mas tem, enfim. Você sabe

Alexia:

por que que é o Peru? Eu não sei.

Marco Antonio:

Fica aí, eu também não sei, se perde no tempo, uma coitada dos perus, não é?

Alexia:

Eu não sei na onde vem. No Tanksgiven é Peru?

Marco Antonio:

No Tanksgiven é Peru porque a história dos dos primeiros que chegaram lá nos Estados Unidos foi de dividir a comida deles com os índios e e era o Peru. Sim. Então é por isso que tem agora por que que nós somos o Peru eu não sei.

Alexia:

E aqui em Portugal é o bacalhau.

Marco Antonio:

Aqui em Portugal o bacalhau agora a mesa de Natal de uma família portuguesa ou brasileira é muito farta, são vários e vários pratos e também várias e várias sobremesas que é uma petição.

Alexia:

Então nós temos normalmente o Peru, no Brasil, com fios de ovos, que é negócio feito de ovos, obviamente, mas é docinho, só que é para comer junto com a comida salgada, não é uma sobremesa, é para comer junto. Normalmente uma salada, normalmente arroz ou algo para acompanhar Sim, arroz de

Marco Antonio:

passas, tudo? Tudo tudo e o recheio do peru é muito importante, geralmente ele é feito com nozes, com com uma série de coisas, enfim. Sim. É uma é

Alexia:

uma mesa muito farta. Muito farta. E e aí no almoço do dia vinte e cinco normalmente comese o que sobrou do dia vinte e quatro.

Marco Antonio:

Sim, o que é mais gostoso ainda.

Alexia:

Eu também acho, eu também acho. Então pai, Natal, aqui em Portugal nós tivemos a experiência de passar com os nossos primos, né? Em dois mil e dezenove, obviamente ano passado a gente não pôde fazer e esse ano nós também não vamos continuar fazendo por causa de tudo que está acontecendo, ninguém quer aglomerar nesse momento. E qual foi, você sentiu alguma grande diferença do Natal português para o Natal brasileiro? Não Na comida sim.

Marco Antonio:

Não, na comida sim, é óbvio, os pratos portugueses são todos diferentes dos brasileiros, óbvio. As sobremesas são diferentes. Agora, no espírito de Natal, notase aqui uma tradição maior do espírito religioso, não é? E no Brasil é pouco mais festeiro. É

Alexia:

normal? Tudo no Brasil é mais festa? É, tudo no Brasil é mais festa. É, tudo no Brasil é mais festa. É, tudo no Brasil é mais festa.

Alexia:

É, tudo no Brasil é mais festa. É, tudo no Brasil, eu não é

Marco Antonio:

mais festa. É tudo no Brasil, eu não estou comparando positivamente, eu não estou dizendo, é

Alexia:

assim É cultural, é cultural Exatamente. E uma coisa que eu senti diferença foi a história de dormir no Natal. Então quando as pessoas são convidadas para passar o Natal, normalmente você é convidado para dormir na casa da pessoa também, porque como o Natal vai ter muito tarde, todo mundo bebeu, comeu muito, etcetera, a família acaba ficando nos quartos de hóspedes ou onde der. Enquanto no Brasil cada pega o seu carro ou pega o Uber e volta pra casa, né?

Marco Antonio:

Verdade.

Alexia:

E aqui tem isso.

Marco Antonio:

Aqui tem muito esse assunto de família, né? Então uma festa, acontecimento, principalmente no Natal, as famílias se reúnem mesmo.

Alexia:

Agora pai até uma pergunta. Diga. Por que que a Páscoa não é tão levada a sério quanto o Natal?

Marco Antonio:

Filha, o Natal é mais importante que é o nascimento de Jesus, não é? Depois os acontecimentos vêm em ordem decrescente de importância, agora eu não sei.

Alexia:

Não é engraçado? É. Eu acho. Sim. Pra mim a Páscoa tinha de ser tão importante quanto o Natal religiosamente.

Marco Antonio:

Sim, a Páscoa no Brasil por exemplo, na missa eles distribuem aquelas palmas, é? Que que como e aí todo mundo sai com a sua palminha

Alexia:

e E que é uma palma?

Marco Antonio:

Palma é a palma de de da palmeira e daí

Alexia:

É tipo galho, né, com a É uma

Marco Antonio:

folhinha da da da e daí você leva aquela palma pra casa, geralmente pequena, palminha e coloca com muito carinho na mesa ou num canto assim, que é uma coisa abençoada, vamos dizer, e sinta sorte também, essas coisas.

Alexia:

Sim. Então olha gente, depois dessa pequena explicação sobre o Natal e os nossos pontos de vista, sobre Natal e etcétera, a gente quer desejar ótimo Natal pra quem comemora, para quem não comemora também, boas festas, né? Porque temos pessoas de todas as religiões, de todos os lugares do mundo, então boas festas.

Marco Antonio:

Sim, lindo Natal significa congraçamento muito grande, né? Que todo mundo dê abraço no outro, beijo e que sejam todos muito felizes.

Alexia:

Sim, então boas faixas para todo mundo e é isso. Até o próximo episódio. Tchau.

Marco Antonio:

Tchau.